Muitas obras trazem comentários e alusões sobre a vida e os escritos de vários teólogos. No entanto, certamente é ainda mais enriquecedor recorrer à própria fonte que tem inspirado esses registros.
Esse é o objetivo de Calvino – de A a Z, obra cuidadosamente elaborada para todos os interessados em conhecer melhor o pensamento do grande reformador. Você terá acesso a cerca de 1 400 citações do próprio Calvino, distribuídas em mais de 200 verbetes, formando uma coletânea riquíssima de conceitos que fizeram e ainda fazem a história da Igreja.
Dentre os reformadores do século 16, João Calvino destaca-se como grande idealizador e sistematizador do pensamento teológico da Reforma. Avaliar seus pressupostos e idéias tais como ele as formulou é de particular relevância nos dias atuais, para confrontá-los com nossas próprias interpretações e redescobrir nossa identidade e vocação como herdeiros da Reforma.
Autor
Hermisten Costa é pastor da Igreja Presbiteriana Ebenézer, Osasco, SP. Mestre e doutor em Ciências da Religião pela Universidade Metodista, é coordenador e professor do Departamento de Teologia Sistemática no Seminário Presbiteriano José Manoel da Conceição, SP. Leciona também na Faculdade de Teologia do Centro Universitário de Maringá e na Escola Superior de Teologia da Universidade Mackenzie. Ele é casado com Eliana e pai de dois filhos.
Leia um trecho do livro:
Prefácio
João Calvino. o teólogo da Palavra e do Espírito
A formação de Calvino
A conversão de Calvino
Calvino como humanista
A autoridade interna das Escrituras
O balbuciar de Deus e o testemunho do Espírito
Discípulo da Escritura na escola do Espírito
A Escritura à luz da Escritura
Teologia: um comentário das Escrituras
A brevidade e a clareza necessárias
Conhecer para viver
A responsabilidade dos pastores
A oração e a interpretação bíblica
Momentos finais de sua existência
Calvino &. calvinismo: anotações finais
Cronologia
Notas
Bibliografia
João Calvino, o teólogo da Palavra e do Espírito
Ele viveu cinqüenta e quatro anos, dez meses, e dezessete dias, e dedicou metade de sua vida ao sagrado ministério. Ele tinha estatura mediana,, a aparência sombria e pálida, os olhos eram brilhante até mesmo na morte, expressando a agudez da sua compreensão.
Theodore Beza
Eu poderia feliz e proveitosamente assentar-me e passar o resto de minha vida somente com Calvino.
Carta de Karl Barth ao amigo Eduard Thurneysen, escrita em 8 de junho de 1922.
Calvino, falando das diversas calúnias que levantavam contra ele, partindo, inclusive, de falsos irmãos, diz:
Só porque afirmo e mantenho que o mundo é dirigido e governado pela secreta providência de Deus, uma multidão de homens presunçosos se ergue contra mim alegando que apresento Deus como sendo o autor do pecado. […] Outros tudo fazem para destruir o eterno propósito divino da predestinação, pelo qual Deus distingue entre os réprobos e os eleitos.
O que nos chama a atenção na aproximação bíblica de Calvino é, primeiramente, o seu amplo e em geral preciso conhecimento dos clássicos da exegese bíblica, os quais cita com abundância, especialmente Crisóstomo, Agostinho e Bernardo de Claraval. Outro aspecto é o domínio de algumas das principais obras dos teólogos protestantes contemporâneos, tais como Melanchton – a quem considerava um homem de “incomparável conhecimento nos mais elevados ramos da literatura, profunda piedade e outros dons [e que por isso] merece ser recordado por todas as épocas –, Bucer e Bullinger. Contudo, o mais fascinante é o fato de que ele, mesmo se valendo dos clássicos – o que, aliás, nunca escondeu –, conseguiu seguir um caminho por vezes diferente, buscando na própria Escritura o sentido específico do texto: a Escritura interpretando-se a si mesma.
Escapar de um clichê histórico-teológico é especialmente difícil. Para que possamos ter uma visão mais clara da perspectiva de Calvino a respeito das Escrituras, precisamos refletir um pouco sobre a sua forma de aproximação da Bíblia
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